terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Vigésima Sétima Dose de Pílulas do Livro...

O segundo passo e também imediato seria mudar tudo o que tivesse o nome do anterior restaurante; Cardápios, Aventais, Totem, Site, Cartões, Folders, Publicidade, Divulgação, etc.
O terceiro passo urgente a ser tomado era introduzir uma nova culinária que contemplasse novas opções de escolha para o cliente.
A culinária anterior mantinha-se com substanciais alterações.
Retiramos com a concordância da nossa Chef Maria de Lourdes, que agora tinha a responsabilidade total da culinária, alguns itens do cardápio, que eram difíceis de encontrar.
Fizemos também alterações nas moquecas, tornando-as mais simples sem alguns dos produtos que Beto utilizava.
Criamos algumas sobremesas, que se tornaram sucesso, como Mousse de Cupuaçu com Calda de Frutas Vermelhas, ou a nossa Mousse de Chocolate com Coco Verde.
Retiramos a travessa de frutas oferecidas aos clientes e introduzimos alguns pratos da culinária Portuguesa.
Para o efeito dirigi-me algumas vezes a Itaparica, onde passava normalmente e sempre que podia os meus finais de semana e comecei a observar um Português que habitava por lá e trabalhava numa pousada de um Alemão. Bel chamou-me a atenção para o cozinheiro Paulo Jorge...

Fazia um bacalhau no forno gratinado chamado de Zé do Pipo, uma verdadeira delicia...

Conversei longamente com o Paulo Jorge e contratei a sua consultoria e assessoria por dois meses, tempo suficiente para ele preparar os novos pratos e ensiná-los aos cozinheiros e principalmente á Chef Maria de Lourdes. Adequamos os utensílios á nova culinária, adquirimos um forno rápido e criamos outras iguarias.

Bacalhau no Forno regado a Azeite de Oliva e acompanhado de Batatas ao Murro, Arroz de Polvo e Marisco (que era o melhor arroz de polvo de toda a Bahia, de acordo com os nossos clientes, que vinham de outras cidades do estado), Chouriço Assado na Brasa na mesa em frente ao cliente (para o efeito mandamos fazer vários assadores de barro para o chouriço), no fundo internacionalizamos a culinária.

Expliquei ao grupo de colaboradores que de comum acordo os dois restaurantes estavam a seguir rumos diferentes, na tentativa de viabilizar ambos os projetos.
A quarta alteração teria de ser através da imprensa.
Marquei uma reunião com a Assessoria e solicitei que convidassem alguns jornalistas e formadores de opinião para o “País Tropical” apresentar a nova face do restaurante.
Tinha havido uma reestruturação gastronômica, seria necessário dar a conhecer a nova faceta, através de um jantar.
A reestruturação do País Tropical tinha dado os seus frutos e o movimento no Rio Vermelho continuava dentro da normalidade, claro que tivemos de fazer alguns investimentos em divulgação, até porque os que existiam eram anteriores á reestruturação.
Todos os clientes perguntavam o porquê da mudança do nome! Sempre respondíamos com o máximo rigor e zelo. Tínhamos seguido caminhos diferentes, mas com um único objetivo; viabilizar ambos os projetos.
Somente isto...
Contratamos uma empresa de Salvador para fazer um estudo rigoroso de viabilidade financeira e consultoria.
Deveria ter sido feito no inicio, em Abril de dois mil e quatro...
Foram detectadas algumas incongruências, algumas irregularidades.
Fez-se a ficha técnica de todos os pratos, mediram-se produto a produto, item por item, e conseguiu-se o custo de tudo o que se vendia no restaurante. Fizeram-se algumas alterações mediante o estudo terminado.
Tardias talvez...

Finalzinho do ano de dois mil e cinco. Esse Réveillon passamo-lo em Itaparica, na praia com a companhia de Bel, Bruno e Daniela, a linda Giulia e mais dois casais de amigos, tomando o banho da meia noite, bebendo Champagne e pedindo aos deuses que nos dessem saúde, paz, harmonia e muito amor nos nossos corações.
Noite diferente, talvez porque fosse a última desse ano repleto de imensas alegrias e algumas desilusões que nos faziam refletir sobre o dia de amanhã... E o amanhã era ali logo de seguida...
Interessante,deveras intrigante.
Momento espontâneo, milésimo de segundo e estávamos em Dois Mil e Seis como se de uma barreira se tratasse, será que o tempo pode ser ultrapassado numa correria desenfreada.
E a busca desse novo horário temporal, mudaria as nossas vidas...?




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